Jesus, prestes a ser preso orientou seus discípulos a estarem preparados para o momento da separação. A separação de Cristo os deixaria como ovelhas perdidas e, embora estivessem andando ao lado de Jesus ainda tinham muito que aprender.
Então Jesus perguntou-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou sandálias, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.
Disse-lhes, pois: Mas agora, quem tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e quem não tiver espada, venda o seu manto e compre-a.
Porquanto vos digo que importa que se cumpra em mim isto que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Pois o que me diz respeito tem seu cumprimento.
Disseram eles: Senhor, eis aqui duas espadas. Respondeu-lhes: Basta. (Lucas 22.35-38)
De posse das espadas é preciso pôr em prática os ensinamentos. As ferramentas que precisavam para se defenderem do inimigo já lhes havia sido entregue.
A cada dia, em nossa caminhada com Cristo recebemos algo que precisa ser guardado. Em todo tempo o Senhor nos ensina como proceder, como usar as armas da nossa milícia e, principalmente, como nos defender dos ataques do inimigo, e prosseguir para o alvo.
A maneira como nos portamos diante das adversidades demonstra qual espada estamos utilizando, uma inclina para a morte e a outra para a vida e paz.“Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
... a inclinação do Espírito é vida e paz.
Um dos discípulos, certo de que podia resolver aquela situação a seu modo, e, crendo estar fazendo bem a Deus, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. Mas Jesus disse: “Deixei-os; basta. E tocando-lhe a orelha, o curou”. (Lucas 22.49-51)
Embora dispondo de duas espadas apenas uma convém ser usada – a espada do Espírito que é a Palavra de Deus. “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”. (Rm 8.13,14) “pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; (2Co. 10.4)
A espada que Jesus lhes recomendara não seria usada para ferir alguém, muito menos para impedir o cumprimento das Escrituras.
Jesus lhes falara abertamente acerca dos acontecimentos pelos quais Ele haveria de passar, no entanto, não guardaram os ensinamentos. Por muitas vezes o Senhor Jesus os deixou irem sozinhos a fim de praticarem os ensinamentos, pois chegaria o momento em que não mais teriam a pessoa do Senhor Jesus por perto e, então, teriam que viver pela fé, na certeza de que, embora não vendo-o, Ele os guiaria pelo Seu Espírito e se cressem fariam as mesmas obras e outras ainda maiores do que as que Ele fez.
Agora teriam que dar frutos: pregar as Boas Novas, curar enfermos, libertar os cativos e oprimidos - de graça e com o mesmo amor a fim de que nenhum venha a se perder.
Pelos frutos somos conhecidos e o fruto do Espírito que habita em nós é: o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio.
Então examinemo-nos, se estamos em Deus ou em nós mesmos; se estamos andando em Espírito ou cumprindo a concupiscência da carne:
Eu tenho amado? “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele...” (Jo 14.21)
Eu tenho me alegrado? "Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico". (Sl 100.2)
Eu tenho andado em paz? "Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz dentro de ti". "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". (He 12.14)
Tenho sido longânimo? "O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta". (Pv 15.18)
Tenho sido benígno? "Se te fizeres benigno para com este povo, e lhes agradares, e lhes falares boas palavras, então eles serão teus servos para sempre". (2Cr 10.7)
Em mim há bondade? "Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra". (Pv 21.21)
fidelidade? "Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração"; (Pv 3.3)
Mansidão? "Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado. (Gl 6.1)
Domínio próprio? "E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. (1Co 9.25)
"Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer".
Muitos, no intuito de “defender” Jesus (a palavra), acabam deixando de lado a vontade do Pai e passam a praticar a sua própria vontade, inclinando-se à carne. Mas Deus é Espírito e importa que o amemos em Espírito e em verdade.
Se estivermos usando a espada para cortar a orelha de alguém, certamente não temos guardado os mandamentos. Não temos amado nem o próximo, nem a nós mesmos e muito menos ao justo Senhor que nos amou primeiro.
“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
• Tome sua bolsa e guarde os mandamentos que Deus lhe deu; é o seu tesouro. “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”. (Lucas 6.45)
• Seu alforje – nele guarde seu alimento; Com a força desse alimento caminhe olhando para o alvo.
• Calce os pés na preparação do evangelho da paz.
Quanto à espada do Espírito, que é a palavra de Deus, procure manejar bem a Palavra da Verdade, no abrir da boca.
Deus abençoe!
Obreira Edna.
